A hipótese mais conhecida e comprovada por documentos legais da década 1880,  quando da ocupação da região de Campo Moiram, é a de ser o Capitão Índio Bandeira um líder indígena Caingangue ou Camés, do grupo JÊ. A insígnia de “Capitão” a ele atribuída, era dada a todo líder índígena que servia de intérprete e de negociador entre sua gente e o branco. 

Ficou conhecido por suas andanças entre Guarapuava, Pitanga e Campo Mourão, buscando a sobrevivência para seu povo. Servia de guia aos que desejavam chegar a Campo Moiram, conhecida como “Campos de Paikerê”, acompanhado muitas vezes por um intérprete geralmente mestiço indígena. Sua tribo se fixou onde atualmente se localiza a Fazenda Campo Bandeira. 

Neste contexto, Índio Bandeira conseguiu alguns benefícios para sua gente e para outras etnias indígenas as quais acabou por representar diante das autoridades constituídas. O momento era dramático para os indígenas, pois exigia que aprendessem a conviver e a partilhar o “aldeamento”, concretizando o projeto de desenvolvimento paranaense que era de povoar a região e de trazer prosperidade, sob a égide do branco, como escola, igreja, comércio, contrapondo-se, portanto, ao ponto de vista indígena, que, em sua maioria, findaram dizimados nesta região.

Quanto à sua morte, não existem provas documentais de quando e onde ela teria acontecido. Uma das hipóteses, assentadas na tradição oral, é a de que se  valeu o romancista Aracyldo Marques em “Os desbravadores”: à maneira indígena, sob uma árvore entre suas raízes em solo mourãoense.