A Academia Mourãoense de Letras (AML) foi resultado de esforços liderados pelo presidente da Academia Paranaense de Letras (APL), à época, Túlio Vargas, apoiado, sobretudo, por Augusto Carneiro, Sinclair Pozza Casemiro, Amani Spachinski de Oliveira, José Eugênio Maciel e Rubens Luiz Sartori que acreditaram ser possível e merecido Campo Mourão ter uma entidade cultural representativa de tal porte.
Assim, no dia 8 de junho de 2001, com a presença do já citado presidente da APL, Túlio Vargas, acompanhado de Antônio Facci, membro da Academia de Letras de Maringá, reuniram-se Augusto Carneiro, Luiz Augusto Mazzuchetti, Gilberto Santana de Alencar, Rubens Luiz Sartori, Noel Meireles Cardoso, José Passos, Sinclair Pozza Casemiro e Wilson Moura que ratificaram como oportuna a iniciativa da criação da Academia, ficando este dia registrado como o da fundação da AML.
Nova reunião foi marcada e realizada no dia 10 de setembro de 2001, quando, então, a comissão de implantação aprovou a decisão de iniciar os trabalhos específicos sobre a AML com a maior brevidade e de competir àquela comissão a escolha dos patronos bem como a aprovação do estatuto e do regimento interno da recém criada academia.
Em outubro de 2002, foram definidos os primeiros patronos da AML: Constantino Medeiros, Adinor Cordeiro, Dom Eliseu Simões Mendes, Horácio Amaral, Nelson Bittencourt Prado, Nicon Kopko e Aracyldo Marques. No dia 21 de janeiro de 2002, foram escolhidos mais três patronos: Ethanil Bento de Assis, Eloy Maciel e Dickson Fragoso Veras. Posteriormente, foram eleitos dez nomes da comunidade mourãonse como fundadores da AML: Amani Spachinski de Oliveira, Rubens Luiz Sartori, Cida Freitas, Clara Araújo, Gilmar Cardoso, Oswaldoir Capeloto, José Eugênio Maciel, Elza Paulino de Moraes, Agnaldo Feitoza e Francisco Irineu Brzezinski. Na oportunidade, foi eleita a primeira diretoria da AML, constituída pelos membros: Rubens Luiz Sartori (presidente), Cida Freitas (secretária), Clara Araújo (tesoureira) e Elza Paulina de Moraes (responsável pela biblioteca).
A instalação da Academia ocorreu no Dia da Língua Nacional, 21 de maio de 2002, no Teatro Municipal, em solenidade histórica, que contou com a presença de Túlio Vargas, de familiares dos patronos escolhidos, dos fundadores e de diversas autoridades locais. Desde sua criação e contra muitas adversidades, as atividades da Academia Mourãoense de Letras nunca foram interrompidas. Passaram por suas cadeiras, figuras das mais ilustres e outras, de grande relevância para a sociedade, ainda as ocupam.
Já nos ensinava Machado de Assis, criador da Academia Brasileira de Letras, que uma academia tem de ser integrada, principalmente por três tipos de membros: literatos, razão maior de sua existência, personalidades, para conferir visibilidade à instituição, e jovens, encarregados pela alegria.
Desta forma, a AML tem se constituído em convívio plural de ideias e ideais, de responsabilidade pelo idioma pátrio em suas diferentes expressões, pela difusão e propagação da leitura como fonte de conhecimento e de fruição, coordenada por seus presidentes que, alternando-se de tempo em tempo, assumem a tarefa de tecer com palavras a chama para reavivar a história, a arte, a ciência, a imaginação, que se enredam para constituir a cultura viva e vivida pela tão amada gente da Comcam.