Quem me conhece sabe que o ultimo lugar que eu gostaria de estar é atrás de um microfone.
Embora eu seja um publicitário. A minha busca de atenção sempre se focou nas minhas obras, na recepção que elas tem com o público. Eu sou apenas uma sombra das minhas criações.
Quando me lembraram que tinha que escrever algo para esse dia, a folha branca parecia mais branca que o normal. Tentei buscar na estante a minha inspiração. A primeira veio de Eoin Colfer. Não por sua obra, Artemis fowl. Mas pelo o que estava escrito na primeira página: “Aproveite a Leitura e não deixe nunca de aproveitar desse hábito”. Esse pequeno lembrete da Mila Salvadori, minha madrinha, era para que eu continuasse a ler.  
Eu li Mila. E muito. E também escrevi.  
Não tanto quanto queria, ou quanto deveria. Mas dei o meu melhor. 
E continuarei a lapidar o meu trabalho literário. E nos momentos de dúvida, eu me apoio nas palavras gentis, e inesperada, do professor Fábio. Que em um passado distante escreveu: “Ele tem uma mente criativa que se expressa muito bem também nos contos. Estou certo de grandes coisas o esperam num futuro bem próximo”.  Guardei o seu texto Professor, para em épocas de desanimo, confiar novamente nas suas palavras e buscar essas grandes coisas do meu futuro. Acreditando nessa pequena frase, eu continuei a escrever.
Me graduei em Letras, e me graduei em Marketing. Me especializei em cinema, em Estudos Literários.  Obtive o título de Mestre, pela Unespar, estudando o Graphic novel de Neil Gaiman. E para manter o número par, ainda busquei o título de Mestre em Comunicação pela UEL.  Entre graduações e pós-graduações, me entretenho entre filmes, livros e revistas em quadrinhos, e  é neste último que eu confio o meu futuro. 
Como publicitário meus textos sempre foram vinculados a imagens, e é nessa junção que eu me expresso melhor.
Tsugumi Ohba e Takeshi Obata expressam em nanquim e textos o que eu sinto por diversas vezes  essa “imensa satisfação que arde em mim quando estou sobre desenhos sujos de tinta”. E é nessa mescla de tinta e texto que meus trabalhos futuros virão. Digo isso para ilustrar o que ocupará a cadeira 21, ocupada anteriormente pelo também publicitário Osvaldo Broza, e que tem como patrono o comunicador Antônio Reinisz.
Broza mora em Campo Mourão desde 1963, foi funcionário público municipal, contador, representante comercial, publicitário e empresário de diversos ramos. Atuou socialmente como presidente da União Mourãoense dos Estudantes Secundários, do Conselho Estadual da  União Paranaense de Estudantes, e do Rotary Campo Mourão Gralha Azul. É autor dos livros: Caminhos de Casa, editado em 2004 e Campo Mourão em Crônica, editado em 2007 e faz parte das obras: Amigo da Poesia – Vivência – editado em 2000 e 2º Compêndio da Academia Mourãoense de Letras editado em 2006.
O patrono da cadeira 21, é Antônio Reinisz, residiu em Campo Mourão desde 1954, formou-se em administração pela UEM, foi locutor e Repórter Esportivo na rádio Colméia de Campo Mourão; Foi redator e apresentador em programas de televisão, diretor de marketing e entre os trabalhos com mídias, ainda se preocupou em prestar relevantes serviços sociais para Campo Mourão e Região.
Essa cadeira, se encaixa comigo, aos meus antecessores espero honra-los com as minhas produções.
 
Para finalizar, agradeço aos meus novos amigos da Academia Mourãoense de Letras, pelo voto de confiança. Lutarei para disseminar a criação literária e artística mourãoense.
 
Obrigado a todo os presentes.